quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Krow Raven O Medo.

Morte? O que é a morte além de lamentação por não está vivo? Respostas...perdi as minhas; caço-as sem parar.
Milênios me mantive caminhando por essa terra que hoje chamam de terra, mas, que já chamaram de vários nomes, sinto o cheiro de cada humano que me circula e vejo seus olhos lacrimejarem em uma situação de perigo.
Quem nunca sentiu? - Mentira! Assuma: Sua vida é baseada nas suas escolhas e normalmente você tem, normalmente você me tem, eu anseio por você, pelo seu pavor, pela sua cara assustada, pelo seu corpo no chão sangrando e pedindo "Pelo amor de Deus". Mas, isso não é com ele, é comigo; não deixo assuntos pendentes.
Certa vez, em certo amanhecer, me encontrava sentado encostado ao lado de uma árvore antiga, de frutos avermelhados, conhecida como Edfruit, Seus frutos traziam dentro deles o chamado "toque da alma", todos aqueles que apreciarem do fruto dessa árvore seu maior sonho seria realizado.
Logo após do nascer do sol, avistei de longe no deserto, uma caravana que surgia lentamente ao dançar da dança dos camelos, e aos escorregões de cansaço exaustivo da viagem. trinta minutos depois eles se aproximam:
- Bom homem, dei-nós um pouco d'aguá. Lentamente levantei-me e me direcionei para atrás da gigantesca árvore verde que dava o contraste no deserto. Depois de alguns minutos ressurgir com um barril, leve para meus braços, porem repleto de aguá.
- Bebei dessa aguá, e depois de continuidade a sua jornada humano. Quase que automaticamente o resto do bando desse dos camelos sincronizando os seus movimentos com o balançar do barril jogado com precisão perto deles, quando olharam o recipiente, se perguntaram se aquela quantidade realmente poderia dar para todos ali beberem e rostos preocupados começaram a ser expostos em frente a
Edfruit.
- Não se preocupem, simplesmente bebam, a agua para todos. Os rostos preocupados se moldaram em uma moldura tão visível que por alguns instantes dava para sentir a gratidão sem mesmo a necessidade de nenhuma palavra.
Logo após beberem, o rapaz que aparentemente seria o lider do grupo foi em direção a arvore sagrada; eu o interceptei.
- O que pensa que está fazendo? - Seus homens já estão preparados para partir, então que partam!
- Esse é o fim da nossa jornada, vinhemos em busca dos frutos dessa arvore sagrada para salvar nosso povo de um grande mal. O homem falava com confiança, era visível que sacrificaria a própria vida para ter pose dessa reliquia.
- Já que se arriscou tanto até aqui, não terá porque não enfrentar o ultimo teste, para a confirmação se eis realmente merecedor de obter uma dessas relíquias. O homem olhou para seus homens, sentiu o apoio do grupo e aceitou o desafio da misteriosa criatura.
- Então que comece! - Não temos tempo a perder. Em um saque rapido, o guerreiro retira sua espada, e em seguida todos que com ele ali se encontravam sacam suas armas; menos eu.
- Bom, então que seja, vocês terão que enfrentar a coisa mais assustadora de todas, o maior inimigo de qualquer guerreiro epico, o triunfo contra o objetivo, a amizade contra a salvação; vocês terão que lutar contra sí mesmos.
- Somente um poderia sai com o fruto desse vale perdido em meio ao deserto. Nesse exato momento, o céu se escureceu instantaneamente, como um eclipse solar, o som do trovão e relâmpagos faziam com que das fendas da gigante arvore surgisse grandes criaturas medonhas formadas pelo reflexo dos galhos. Neste exato momento, cada guerreiro via seu parceiro de uma forma extremamente monstruosa (ou não), neste exato momento, cada um via em seu companheiro de grupo o retrato do seu maior medo interno; e o combate se prolongou.
Lutavam com ânsia de fim, e com desejo incorruptível, mesmo com as tentativas de faze-los desistir. Muitos morreram rápido; morreram de dor. Outros desistiram; esses foram assassinados. E no final o combinado, somente um.
- Bravo, como se sente cavalheiro em saber que poderá salvar seu povo? O céu se abre novamente, e com o clarão dos trovões tudo aparenta está da mesma forma de quando tinham chegado; exceto pelos corpos no chão.
- Deixe de conversa criatura demoníaca, dei-me o fruto agora, e saberás que realmente sou puro de coração! Lentamente, a criatura misteriosa levanta uma de suas mãos mantendo o olhar fixo para o guerreiro vitorioso.
- Então vamos ao premio. Um dos galhos mais alto se em clima magicamente e trás até a mão suspensa da criatura o fruto tão procurado.
- Eis aqui sua recompensa, mas, um alerta, só aqueles que realmente são puros de coração podem comer desse fruto e ter os desejos realizados, àqueles que não são, irão dissecar, como se o próprio fruto se alimenta-se de sua essência. Neste exato momento o fruto é arremessado com uma precisão incrível na direção do guerreiro, que o agarrou rapidamente.
O homem era um guerreiro, tinha enfrentado criaturas monstruosas e jornadas intermináveis para chegar até o fruto sagrado, era um guerreiro respeitado e adorado por todos; e ele sabia disso.
- Que seja, enfrentei tempestades, enfrentei desertos, enfrentei criaturas piores do que você, enfrentei meus companheiros, e por agora, mereço minha recompensa! Em uma mordida extremamente lúcida, o homem caça os corpos de seus aliados de batalha para se despedir e reverencia-los por terem sido tão bravos, porem o que ele vê é os corpos sendo sugados pela terra e as raízes da arvore se preencherem em um movimento trêmulo.
Com um engasgão, ele sente sede, falta ar, muita sede... e cai ao chão.


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Martini

Primeiro a busca;
segundo, segundos.
- Onde está minha taça?
Pergunto sem graça;
como o amor cativado
e depois nem nada.
E só me vinha uma pergunta:
- Onde está minha taça?
procurei, não achei,
me perdi na casa.
- Onde está minha taça?
- Onde está minha taça?
- Onde está minha taça?
Bebo em um copo de plástico;
Substituindo minha amada.