quinta-feira, 31 de março de 2011

Soneto do tempo e o vento



Celebrando o tempo,
Cultivando a vida,
Esculpindo momentos
em frases escritas.

Perdendo-se do foco;
Sonhos imaginários,
Momentâneamente perdidos,
Derivado de outros corpos.

Costurando pensamentos,
Distintos do pensamento inicial,
Ludibriando o tempo
em osmose universal.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Suportar




Não existe dormir quando o sono é uma cilada,
a cabeça no travesseiro me leva para uma longa estrada,
onde o pensamento de pensar faz com que não pense em nada.

Querendo abrigo, proteção em um mar de caos,
isolado, vendado pelas trevas, escrever é a única salvação,
Uma dor interna, fixa, destruindo as linhas do meu coração.

Sequestro de nostalgias meus melhores momentos,
Sangrando por dentro levado pelo mar de medo,
Sofro minha dor e minhas magoas como um verdadeiro guerreiro.

quarta-feira, 23 de março de 2011

O desconhecido e os céticos

(Edvard Munch - The Scream)


Com o tempo você aprende a ser quem realmente é. A viver o que realmente se vive e sentir quem realmente sente e a ter expectativas verdadeiras sobre o que existe. Com o tempo você amadurece o pensamento, define o que é certo e errado, evita e cede diariamente ao pecado. Digamos que somos como as estações, mudando sempre, mas, até mesmo as estações vivem uma mudança continua, reproduzindo suas personalidades para cada época e repetindo anualmente esse ciclo, sentindo o calor do verão e o frio do inverno.
Temer o desconhecido é como temer a vida e todos os momentos que ela proporciona; suas perspectivas, é temer tudo aquilo que não se sabe, e acredite, nunca se sabe de tudo, por isso, somente por isso, sofrem todos os céticos. Com suas ideias fixas não enxergam possibilidades, criam fantasias que podem provar com argumentos banais e banalizam os outros, exibem a falta de uma conciência critica e analítica de interpretar e julgar os fatos. Não aceitam ideias alheias se distanciando de tudo aquilo que não conhecem, preferem sujar as mãos de sangue a ceder sobre a carência de suas palavras, preferem ofender do que entender aquele que observa e cala.

terça-feira, 22 de março de 2011

Tempo Contínuo Tempo





Quanto tempo, louco tempo,
Vagando a cada tic-tac,
Passando sem questionar ou avisar,
Migrando os pensamentos, colocando-os em categorias,
destribuindo memorias e nostalgias.
Não se perde ou ganha tempo,
Muito menos só se ve-lo passar,
O tempo registra na vida tudo que se vê, tudo que se fala.
Meticulosamente expõe em nós suas ações,
Nas rugas, nas vozes, no nosso modo de pensar,
nosso tempo é curto, porém, o tempo nunca deixa de passar.