Tem certos momentos em que esqueço o mundo.
Vivo em segundos paralelos entre piscadas e olhos abertos.
Sonho desejando todo o amor desse mundo, mas, deslizo na dor.
Corro por todas as ruas imóveis, abro todas as portas; vazias.
Sangro e continuo sangrar, "se faz dor, se faz curar".
Grito nomes e mais nomes pela janela da minha masmorra.
Escuto o som da noite; o barulho da fornicação da madrugada:
- Ninguém irá me ouvi.
Percebo que linhas são feitas para seguir, e borrões para enfeitar.
A febre e a dor já não podem mais me ferir, eu consigo entender e escutar:
- Metade de mim aqui, metade de mim lá.
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