Trilhei muitos caminhos;
acompanhado, mas sempre sozinho,
busquei na imperfeição dos atos o que tinha perdido.
Trilhei muitos caminhos;
ruas, becos, vielas, cortiços,
tantas foram as rodas, tantos foram os motivos.
Trilhei muitos caminhos;
fui Deus e o diabo em muitas peças,
e inexplicavelmente todos me aplaudiram.
Trilhei muitos caminhos;
cantei em ouvidos, dirigi por horas em muitos corpos,
cansado da dor, dos cortes, das chagas, hoje canto só e não me importo.
Trilhei muitos caminhos;
e posso lhes confessar que quase me sinto sozinho,
inevitavelmente obvio para quem trilhou tantos caminhos.
Um comentário:
Parabéns pelo poema.
Muito bom! Trilhamos sempre por varios caminhos, inclusive o caminho estranho de escrever.
Boa trilha para você!
Até mais!
Reinaldo Sousa
http://reinaldosousa.blogspot.com
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